domingo, junho 29, 2008

A INTERVENÇÃO DIRETA DO GOVERNO

O lançamento do Campania e do Lucania marcou o início da supremacia da Cunard, com freqüentes recordes de velocidade e com a obtenção da “Faixa Azul”

Foi um golpe fulminante que fez obscurecer durante uma década, em cerca de 1900, a consolidada supremacia britânica no mar. A essa invasão acrescentou-se a grande ambição das finanças norte-americanas que já não se contentavam apenas com o imenso mercado interno, mas pretendiam também controlar os mercados do mundo todo. Evidentemente, o passo obrigatório seria a conquista do tráfego oceânico.
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Os primeiros anos do século XX foram o terreno onde nasceu e cresceu essa luta de titãs, na qual participavam sem reservas os próprios governos dos países e na qual não estava em jogo apenas um simples recorde expressivo de velocidade sobre as águas, mas a conquista do poder marítimo mundial. O império britânico considerou esse golpe uma operação orquestrada das potências estrangeiras para colocar em crise seu domínio, atacando-o no ponto mais forte: a economia marítima. Assim, decidiu financiar a Cunard Line, para que recuperasse aquela superioridade que dava prestígio ao país. O objetivo era muito claro: projetar transatlânticos para reconquistar a “Faixa Azul” não apenas com uma margem exígua de vitória, mas com uma potência que anulasse qualquer possibilidade de concorrência nos próximos vinte anos. O financiamento do governo ocorreria em duas direções diferentes. Por um lado, a companhia naval deveria receber subvenções consideráveis para a construção de dois transatlânticos, os maiores e mais velozes que já cruzaram os mares. Por outro, mais ajudas garantiriam a gestão ordinária. Não satisfeito com a ajuda econômica, o governo britânico abriu a caixa forte de seus segredos militares e colocou à disposição dos estaleiros Swan Hunter & Wigham Richardson os últimos avanços tecnológicos adquiridos naquele setor.

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HMS Dreadnought

Já é sabido que o esforço para criar instrumentos mortíferos e destruidores na área bélica às vezes traz consigo algum progresso tecnológico para a sociedade civil. Não estava alheio a essa regra o aperfeiçoamento contínuo da tecnologia naval. A necessidade de proteger os navios grandes de madeira dos ataques inimigos levara, em primeiro lugar, a aplicação de revestimentos de aço sobre o casco de madeira do navio e, em segundo lugar, a fabricar barcos couraçados, totalmente blindados, produzidos inteiramente em aço. Essa exigência bélica havia acelerado a passagem da madeira ao ferro nas embarcações mercantes. Em 1906, com a entrada em serviço do HMS Dreadnought, a Marinha Britânica dispunha, por fim, da nova arma estratégica da época. A maior força destrutiva de seus canhões, combinada com maior velocidade, obrigaria a retirar antecipadamente os couraçados da geração anterior. Em 1907, a luta enfurecida pela conquista da “Faixa Azul” era, na realidade, uma declaração de guerra tácita, que seguia paralelamente à corrida armamentista desencadeada entre a Grã-Bretanha e a Alemanha.

quarta-feira, junho 25, 2008

SUN YAT SEN

Sun Yat Sen era o nome do cachorro de Henry Sleeper Harper que sobreviveu ao Titanic no colo da sua dona Myna Harper no bote 3 passando despercebido a noite toda. Sun Yat Sen era o nome de um revolucionário chinês que colocou fim à monarquia chinesa no ínicio do ano de 1912. O seu nome tornou-se tão famoso que, por graça, Henry Harper ao adquirir um pequinês colocou o nome desse revolucionário asiático ao animal. Eles eram os animais de estimação favoritos da corte imperial chinesa. Estes animais também eram chamados de cães Fu (ou Fu Lin) pelos chineses, que os reverenciaram representando-os em várias obras de arte. Eram considerados sagrados, espíritos guardiães, visto que se assemelham ao mítico leão chinês. Quem se atrevesse a roubar algum era punido com a morte. Após o saque à cidade proibida de Pequim em 1860 pelos britânicos a familia imperial fugiu deixando para trás uma tia idosa que preferiu suicidar-se ao ver aproximar-se o inimigo e os seus pequenos cães ficaram junto dela se lamentando. Os ingleses levaram-nos para a Grã-Bretanha onde aí proliferaram e se deu origem à variante inglesa dessa raça. Os Harper compraram o seu pequinês em Paris, e juntos adquiriram um bilhete para o cachorrinho embarcar no Titanic. Conta-se que até J.P.Morgan, dono também de um pequinês, pediu para ver o Sun Yat Sen antes deste embarcar em Cherbourg no Titanic, para assim poder apreciar essa raça tão admirada pelo próprio. A bordo do Carpathia Sun Yat Sen teve muitos privilégios, até mesmo na preparação das suas próprias refeições. Sem dúvida uma raça que tem consciência da sua própria realeza, o Sun Yat Sen, um belo exemplar da sua espécie, tornou-se um exemplo disso quando os jornais americanos e britânicos de 1912 o tornaram famoso!

sábado, junho 21, 2008

SEGREDOS NA DESCOBERTA DO TITANIC


A busca dos restos do transatlântico "Titanic" está relacionada com uma missão secreta de espionagem que tentava encontrar dois submarinos nucleares afundados durante a Guerra Fria, declarou o oceanógrafo que localizou o famoso barco naufragado em 1912.

O Dr. Robert Ballard, o homem que liderou a busca para localizar os destroços do Titanic, revelou que a busca pelo navio foi apenas uma camuflagem para a missão verdadeira de inspecionar os restos de dois submarinos nucleares da Guerra Fria: o Tresher e o Scorpion.

O professor Bob Ballard confirmou que foi obrigado a buscar os restos dos dois submarinos afundados durante a década de 60, em uma missão secreta financiada pela marinha norte-americana, antes de ser autorizado a encontrar o Titanic.

O submarino Tresher (foto abaixo), nave de ataque mais avançada da marinha norte-americana desapareceu com uma equipe de 129 trabalhadores. O Scorpion desapareceu com 99 tripulantes. Existem especulações que indicam que este último foi derrubado pelas forças soviéticas.

O pesquisador, fascinado pela história do Titanic, desenvolveu um robô especializado em buscas marítimas no início da década de 1980. Alguns anos depois, procurou a marinha norte-americana para conseguir fundos para busca do navio histórico. Os militares não estavam interessados em gastar fortunas para encontrar os restos do Titanic, mas estavam curiosos em saber o que aconteceu com os submarinos que desapareceram na Guerra Fria.

Duas décadas depois, Bob Ballard admitiu que localizou e inspecionou os destroços dos submarinos em missões secretas antes de ter permissão para localizar o Titanic.

"Eu não podia contar para ninguém. Eu estava sob muita pressão e era uma missão secreta. Achei que foi uma troca justa para ter a chance de olhar o Titanic", disse o pesquisador.

Bob Ballard também contou que não foi informado sobre os resultados de sua pesquisa e que só veio comentar agora porque as informações deixaram de ser altamente confidenciais. “Nós entregamos os dados para os especialistas e eles nunca nos contaram o que concluíram.” Nosso trabalho era apenas coletar dados. Eu só posso falar de tudo isto agora porque o assunto não é mais confidencial.

Ballard recebeu financiamento para embarcar em 1984 nas expedições submarinas que tinham como objetivo encontrar o "USS Thresher", na costa leste dos Estados Unidos, e do "USS Scorpion" (foto acima), no leste do Oceano Atlântico.

Uma vez concluídas ambas as missões, o especialista conseguir encontrar em 1985 os restos do "Titanic", afundado em 1912 após bater em um iceberg, acidente que causou mais de 1.500 mortos.

quarta-feira, junho 18, 2008

TITANIC 1953


Antes do play, pause a música do blog.

Coloco aqui os 10 minutos iniciais do filme Titanic de 1953. É super interessante o suspense que o diretor Jean Negulesco faz logo na introdução do filme.

Clifton Webb, Barbara Stanwyck e Robert Wagner estrelam esta fascinante reconstrução do trágico naufrágio em 1912 do Titanic - o acidente que causou a morte de mais de 1.500 pessoas. Tido como o navio que nunca poderia afundar, o gigantesco e luxuoso navio britânico de cruzeiro encontrou seu derradeiro infortúnio já na sua viagem inaugural, quando seu capitão ignorou inúmeros avisos de perigo iminente. Apesar de ter sido baseado em fatos narrados por testemunhas oculares, os personagens fictícios contam a história de homens e mulheres, muitos celebridades internacionais, que corajosamente enfrentaram esta inesperada tragédia nas gélidas águas do Atlântico Norte. Este filme extraordinariamente comovente continua a cativar o público de todo o mundo.

domingo, junho 15, 2008

EXAGEROS DE CAMERON


Titanic de James Cameron de 1997 é sem dúvida o filme mais completo e pormenorizado sobre o naufrágio que mais emocionou o mundo. O realizador de Segredo do Abismo, Aliens, não se preocupou com dinheiro para fazer o seu filme mais secreto com o nome ficticio de «Planeta Gelo», na verdade Titanic por pouco não se tornou num fracasso ainda na sua própria rodagem. Valeu a Cameron desembolsar mais dinheiro do seu próprio bolso para realizar o filme. Para fazer Titanic, conhecido ainda como «Planeta Gelo», Cameron mandou que se fizesse um modelo real do Titanic, à escala de 9/10, ou seja 90% do tamanho real do navio em 1912. Enquanto que o original teria 270 metros, o de Cameron tinha cerca de 230. Segundo ele, não havia necessidade de o fazer à escala real, já que depois nas montagens eles o fariam parecer realmente de tamanho como o de 1912.

Se Cameron pecou em colocar menos tamanho no seu Titanic, ele exagerou noutros pontos, num filme que ele queria que fosse tão real, tão pormenorizado e até mesmo perfeito, encontramos exageros que, em meio à Ciência e Natureza Humanas, são tidos como erros. De fato Cameron realmente acertou ao filmar o choque com o iceberg, a ordem dada para estibordo foi realmente aquela. Isso valeu um erro crucial em Titanic de 1953 em que vemos o iceberg mais branco que a noite batendo no lado bombordo ao contrário do que realmente aconteceu. Cameron colocou o seu iceberg escuro, azul, pois era um tipo de iceberg que não possuia muitas bolhas de ar, o que os torna mais escuros, e foi assim que o viram em 1912. Quanto à sua forma, foi baseado numa foto da época tida como o iceberg que vitimou o Titanic.


Na noite de 14 para 15 de Abril de 1912 não havia Lua. A noite estava escura e só o Titanic brilhava. Cameron pediu a ajuda do ilustrador Ken Marshall e seguiu os desenhos do seu livro para algumas das cenas. Contudo, Marshall ficou muito chateado com Cameron, pois este exagerou e muito na luminosidade do Titanic à noite, enquanto este afunda. Podemos ver que não só o convés está demasiado iluminado do que na realidade foi, como também uma luz azulada vinda de um ponto paralelo ao navio se encontra a iluminar todo o navio (vejam as sombras no casco enquanto os botes descem). Pouca gente percebeu isso, mas o erro está lá bem claro.


Outro pormenor é quando as pessoas ficam na água. Cientificamente a água estaria a 2 graus negativos. Se analisarmos fisicamente Jack Dawson, um jovem rapaz de 20 anos, aspecto magro, vemos que ele não seria diferente dos também muitos outros figurantes do filme e mesmo dos passageiros de 1912. Uma pessoa fisicamente como Jack, morreria em 10 ou 20 minutos. Quando a temperatura do corpo desce, a nossa massa muscular e gordura contrai-se, aquilo a que chamamos de tremer de frio, que na verdade é uma forma do corpo originar calor e Jack não é tão gordo nem musculoso assim. Também convém verificar que na água como ele esteve, o seu discernimento humano em essas condições adversas, não seria tão claro como é demonstrado no filme enquanto ele fala com Rose. Outro erro, é o fato do oficial Lowe ter levado lanternas para procurar sobreviventes, segundo se consta históricamente, eles foram com pequenos candeeiros, quase completamente às escuras.


Para o fim fica a dúvida de todos, dados científicos dizem que o navio não subiu tão alto de popa como vemos em todos os filmes. As pessoas que se atiraram do convés, saltaram do equivalente a um prédio de 10 andares de altura, e bater na água é como bater num chão de cimento. Ainda para mais com coletes colocados, muitos passageiros morreram da queda ao quebrar o pescoço, pois se não agarrasem o colete com as mãos, este ao bater na água teria tendência a emergir e seu corpo a ir mais fundo, o que se reflete numa fratura da espinha e consequentemente a morte.

Eu não dúvido da ciência, mas também não posso dúvidar do que os passageiros realmente viram, e o que eles viram foi um navio enorme iluminado, se elevando de popa aos céus e pessoas que se atiravam ao mar e que gritaram na água por muito tempo. Créditos: Mário Silva.

quinta-feira, junho 12, 2008

MY HEART WILL GO ON


Antes do play, pause a música do blog.

Celine Dion - My Heart Will Go On
James Horner / Will Jennings


Every night in my dreams
I see you, I feel you,
That is how I know you go on

Far across the distance
And spaces between us
You have come to show you go on

Near, far, wherever you are
I believe that the heart does go on
Once more you open the door
And you're here in my heart
And my heart will go on and on

Love can touch us one time
And last for a lifetime
And never let go till we're one

Love was when I loved you
One true time I hold to
In my life we'll always go on

Near, far, wherever you are
I believe that the heart does go on
Once more you open the door
And you're here in my heart
And my heart will go on and on

There is some love that will not go away

You're here, there's nothing I fear,
And I know that my heart will go on
We'll stay forever this way
You are safe in my heart
And my heart will go on and on

terça-feira, junho 10, 2008

CRUZADOR RUSSO ASKOLD


O cruzador russo Askold foi construído para a Marinha Russa por Deutsche Werft Kiel. Tinha 131,2 metros de comprimentos, sua potência vinha de 3 motores de vapor triplos com expansão do eixo, possuía 9 caldeiras Shultz-Thonycroft que dava 9.650 cavalos-força. Foi lançado em 3 de março de 1900 e serviu na Frota do Pacífico durante a guerra Russo-Japonesa e a Primeira Guerra Mundial. Tinha um deslocamento de 5910 toneladas e alcançava uma velocidade de 23,8 nós (44,1 km/h). Navegou no Mediterrâneo em 1915 e participou da operação Dardanelos com os aliados britânicos. Foi apreendida pela Marinha Real e retornou aos soviéticos após a Revolução Russa com o nome de Glória IV. Foi desmanchado na Alemanha em 1922.


O navio recebeu esse nome em homenagem ao lendário Varangian Askold. O cruzador Askold, por exemplo, era o único navio de cinco chaminés do mundo e, em 1902, visitou o Golfo Pérsico. Sua visita causou profunda impressão, devido à percepção de potência mecânica que o número de chaminés transmitia. O cruzador Askold possuía: 12 canhões de 6 polegadas, 12 canhões de 75 mm, 8 canhões de 47 mm, 2 canhões de 37 mm, 6 saídas de torpedos de 15 polegadas e uma tripulação de 580 soldados.

domingo, junho 08, 2008

TITANIC GANHA RÉPLICA VIRTUAL


Transatlântico construído no Second Life impressiona pelo detalhamento. O lendário transatlântico Titanic ganhou réplica no mundo virtual do Second Life. A construção impressiona pelo nível de detalhamento. É como se os usuários pudessem estar realmente na viagem inaugural do navio, que afundou no Oceano Atlântico em 14 de abril de 1912 após bater contra um iceberg.

Entre os ambientes recriados estão o deck principal do transatlântico, o Café Parisien e a grande escadaria da primeira classe. Para construir a embarcação dentro do Second Life, o residente apaixonado pela história do naufrágio Morphius Barbosa (nome do avatar) levou seis meses entre pesquisa de imagens e modelagem dos cenários até a conclusão do trabalho.

O Titanic virtual conta com um grande salão de baile, lojas e oferece camarotes de aluguel para jogadores interessados em "morar" no navio. Periodicamente, o grupo RMS Titanic Ballroom organiza festas no navio, abertas a todos os residentes.

quarta-feira, junho 04, 2008

MAQUETE TITANIC LEGO



Alguém se habilita a construir um Titanic da Lego? Vídeo super interessante, não é?

Dedico ao 100%Titanic,
um amigo no orkut, que sozinho montou seu proprio Titanic usando peças do Lego.

domingo, junho 01, 2008

LEILÃO DE UM COLETE DO TITANIC

A casa de leilões Christie's leiloará no próximo dia 25 de junho de 2008, em Nova Iorque, vários objetos da fatídica viagem do transatlântico RMS Titanic, entre os quais se destaca um colete salva-vidas.

A Christie's espera que o colete salva-vidas, resgatado por John James Dunbar quando foi a Halifax para ajudar nos trabalhos de limpeza após o naufrágio do Titanic, alcance no leilão um preço de R$ 135 mil, podendo ser maior conforme aconteceu com o leilão do ano anterior.

No catálogo é assegurado que, dado o estado do colete salva-vidas, é óbvio que a peça permaneceu por muito tempo debaixo da água, dizendo que tem manchas de óleo e possivelmente de sangue.

No ano passado, no dia 16/05/2007, a casa de leilões Christie's vendeu em Londres por R$ 240 mil, outro colete salva-vidas de uma passageira sobrevivente da catástrofe do transatlântico. O colete utilizado por Mabel Francatelli, a secretária da aristocrata britânica Lady Lucy Duff-Gordon, foi adquirido por um colecionador anônimo por telefone.

Francatelli, Lady Duff-Gordon e seu marido, sir Cosmo Duff-Gordon, conseguiram se salvar ao subir em um bote, depois que o luxuoso navio se chocou na noite de 14 de abril de 1912 com um iceberg em sua viagem inaugural, de Southampton a New York.

Cosmo seria acusado mais tarde de ter chantageado os tripulantes do Titanic para ajudá-lo a se salvar junto com sua esposa e a secretária.

O naufrágio do maior navio de passageiros do mundo em sua época deixou 1.523 mortos. O colete de Mabel Francatelli estava avaliado pela Christie's em cerca de R$ 200 mil, devido ao fascínio que o desastre marítimo mais famoso da história continua provocando.