sexta-feira, setembro 30, 2005

A QUEBRA

Com a inclinação do navio ultrapassando os 45 graus, a pressão sobre a estrutura do navio chegou a 6 toneladas por centímetro quadrado. As vigas de aço começaram a ceder, a essa altura houve um colapso na estrutura do navio e, quando a água já chegava a 4ª chaminé um ronco ensurdecedor foi ouvido por todos. Não era o equipamento interno do navio soltando-se, e sim, o romper da estrutura do navio.
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A popa, subidamente mais leve, ergue-se sobre a água gelada, quase na vertical, caindo com violência no mar, esmagando algumas pessoas que estavam em seu caminho. O Titanic havia se partido em dois.
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Somente em 1985, quando o Titanic foi descoberto, concretizou-se o testemunho de sobreviventes que viram o navio partir-se em dois. A proa do Titanic está cravada no fundo do Atlântico, a mais de 3.800 metros de profundidade. A popa do navio está cerca de 800 metros da proa. Entre as duas partes existe um mar de entulhos - objetos de uso diário no navio, aço retorcido, objetos pessoais, entre outros.

quinta-feira, setembro 29, 2005

A EQUIPE DE MONSIEUR GATTI

A bordo do Titanic havia um outro grupo, formado pelo pessoal do restaurante à la carte, cujos profissionais não eram empregados da White Star Line. Esse tipo de serviço contribuía para que as opções disponíveis no restaurante do transatlântico fossem consideradas excelentes.
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A palavra que melhor definia o restaurante dos passageiros da primeira classe era “elegância”. O maitre da sala de jantar era conhecido como monsieur Gatti. Gaspare Antonino Pietro Luiggi Gatti, filho de Paolo Gatti e de Maria Nascimbene nascera na cidade italiana de Montalto Pavese, em 3 de janeiro de 1875. Naquela época as famílias eram grandes e Gatti tinha 11 irmãos. Ainda jovem, percebeu que em sua cidade de origem não poderia realizar seus projetos e decidiu emigrar, optando pelo caminho da aventura.
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Chegou a Londres e começou a trabalhar em restaurantes. Conseguiu impor-se rapidamente e se tornou proprietário de estabelecimentos famosos na época, como o Gatti's Adelphi e o Gatti's Strand. Conhecendo a boa fama e a qualidade de seus restaurantes, em um primeiro momento a White Star Line confiara a Gatti o restaurante à la carte da primeira classe do Olympic e, em seguida, o do Titanic.
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Alojados no convés "E" do Titanic, os funcionários da casa Gatti assumiram diretamente todo o serviço.

quarta-feira, setembro 28, 2005

TRÊS NAVIOS E SUAS RELAÇÕES: TITAN, TITANIC E TITANIAN

Em 1898, o escritor americano Morgan Robertson publicou um romance sobre um transatlântico, o TITAN, que afundou em uma noite de abril, no Atlântico, após colidir com um iceberg em sua viagem inaugural.
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Catorze anos mais tarde, o TITANIC naufragou numa gelada noite de abril, no Atlântico, depois de colidir com um iceberg em sua viagem inaugural, levando junto com ele para o fundo das águas geladas 1500 passageiros. Com essa extraordinária história do TITANIAN, vem a coincidência e relação perigosa do TITAN - TITANIC, que começou a desafiar a imaginação humana. O TITANIAN transportava carvão de Tyne para o Canadá, e o marinheiro Willian Reeves, que estava de vigia numa noite de abril de 1935, começou a sentir uma estranha premonição. Quando o navio atingiu o ponto onde os outros dois haviam naufragado, a sensação atingiu o auge.
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Poderia o marinheiro Reeves parar o navio apenas por causa de uma premonição?
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Mas uma coincidência o fez tomar a decisão: ele havia nascido no dia do acidente com o TITANIC. “Perigo à frente!”, avisou ele à ponte de comando; logo em seguida, um iceberg surgiu da escuridão, e o navio pode evita-lo a tempo. A coincidência uniu os destinos do TITANIAN e do famoso TITANIC. Ambos encontraram icebergs nas mesmas águas; mas o TITANIAN não afundou.

terça-feira, setembro 27, 2005

É POSSÍVEL VIAJAR NO TEMPO?


Neste final de semana, meu amigo Carlos (SkyMan´s), presidente do site de ufologia - http://www.ufologia.cjb.net/ - questionou no MSN, a seguinte questão - se pudesse viajar no tempo o que eu faria a bordo do RMS Titanic? Nessa hora a minha imaginação foi a mil.

Uma das razões das viagens no tempo serem tão fascinantes está no fato de que todos nós, sem exceção diria, temos vontade de fazê-las.

E como seriam essas viagens no tempo?

Com certeza muitas catástrofes poderiam ter sido evitadas se pudéssemos viajar ao passado, como o acidente com o Titanic ou a Segunda Grande Guerra Mundial. Poderíamos ficar milionários se pudéssemos viajar ao futuro e voltar, pois quem não gostaria de saber quais serão os números de uma Mega Sena acumulada?

O problema de viagens ao passado e ao futuro é que podemos nos deparar com muitos paradoxos. Vejamos um exemplo: Imagine você avisando o comandante do Titanic sobre o iceberg e ainda assim ele não lhe der atenção? Ou seja, será que o Titanic não tinha mesmo que afundar? Será que não são coisas do destino? E se você viajasse ao passado e por um acidente matasse sua avó materna antes de ela dar a luz a sua mãe? O que aconteceria? Em suma, será que uma viagem ao passado pode mudar o futuro?

Pois bem, vamos analisar então nossas viagens no tempo sob a óptica de que não podemos alterar os rumos da Humanidade. Ainda assim temos boas razões para tornar tais viagens bastante interessantes. Seguindo o nosso exemplo, poderíamos voltar até a viagem do Titanic e nos prepararmos para o naufrágio e sermos um dos sobreviventes entrando assim para a História. Outras possibilidades são viajar no tempo e conhecer pessoas interessantes ou presenciar fatos históricos. Você já se imaginou conversando com Charles Chaplin, com Buda ou Jesus Cristo? Já se imaginou assistindo pessoalmente o primeiro vôo de Santos Dumont com seu 14 Bis?

Aliás, alguns personagens da história, como é o caso de Julio Verne e Leonardo da Vinci, por exemplo, foram acusados de serem viajantes de tempo, por estarem com o pensamento muito à frente do seu tempo.

Mas será que uma viagem no tempo é mesmo possível?

E se fosse possível, o que você faria?

segunda-feira, setembro 26, 2005

GRATIFICAÇÃO AOS TRIPULANTES DO CARPATHIA

O Carpathia levou três dias para chegar a Nova York e ancorar no píer 54, da Cunard, na madrugada da quinta-feira, 18 de abril. Toda a imprensa norte-americana aguardava o navio, ávida por detalhes. Até então, pouco se sabia a respeito do naufrágio, pois o capitão Rostron não permitira nenhuma transmissão que extrapolasse os fatos básicos e o nome dos sobreviventes. Ainda a bordo do Carpathia, os sobreviventes do Titanic organizaram um comitê e levantaram um fundo que chegou a quinze mil dólares, distribuídos entre todos os tripulantes do navio.
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Seis semanas depois, quando o Carpathia retornou a Nova York, o capitão Rostron recebeu uma linda xícara de prata e a tripulação foi agraciada com medalhas comemorativas. A administração da Cunard Line recusou qualquer pagamento pelos serviços prestados pelo navio, embora tenha recompensado os marujos com o equivalente a um mês de salário.

domingo, setembro 25, 2005

BRITANNIC

A quilha do Britannic foi construída antes da viagem inaugural do Titanic, mas a construção foi paralisada depois que o Titanic afundou. Antes da retomada da construção, vários mudanças foram feitas ao Britannic, inclusive um casco duplo e anteparas aprova d'água que alcançavam até o deck "B". Ele seria o último dos três navios irmãos “Titanic e Olympic”.
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Estas modificações fizeram do Britannic o maior tonelagem bruta dos três navios, cerca de 48.158 toneladas. Com o início da Primeira Guerra Mundial, em 13 de novembro de 1915 ele foi requisitado pelo almirantado e oficialmente equipado para ser um navio hospital com 2.034 cabines e 1.035 camas para vítimas. O comandante desse gigante era o Capitão Charles A. Bartlett.
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Bartlett iniciou sua carreira na White Star em 1874 ocupando várias posições em navios de transporte como o Celtic, Teutonic, Oceanic e Georgic. Em 1903 ganhou o certificado de Mestres e com isso comandou transportes como o Germanic, Cedric, e o Republic. Era muito querido pelos seus passageiros, mas não pela diretoria da White Star Line, devido a sua excessiva preocupação com a segurança e não com a velocidade.
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Após três viagens transportando feridos, o Britannic voltou a Belfast em junho de 1916 e foi devolvido a White Star Line. Quando estava sendo feitas as modificações para navio de turismo ele foi novamente solicitado pelo Almirantado Britânico.
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O Britannic partiu de Southampton no dia 12 de novembro de 1916, para a sua sexta viagem. O tempo estava tranqüilo e não levava nenhum "passageiro".
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O Britannic estava navegando pelo Canal de Kea no mar Egeu, em plena 1ª Guerra Mundial, quando logo após as 8:00 da manhã do dia 21 de novembro de 1916, uma tremenda explosão golpeou o Britannic, que adernou e começou afundar muito depressa pela proa, o maior transatlântico da Inglaterra, com apenas 351 dias de vida, afundou, em apenas 55 minutos. A explosão ocorreu aparentemente entre a 2ª e a 3ª antepara e ao mesmo tempo, começou a fazer água na sala de caldeiras 5 e 6. O mesmo dano que levou o Titanic, a afundar.
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O capitão Charles Bartlett foi o último a abandonar o navio e só 21 pessoas morreram na ocasião quando havia mais de 1100 a bordo. A maioria destas mortes ocorreu quando os hélices emergiram das águas e sugou alguns barcos salva-vidas, os motores ainda estavam em funcionamento.
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O Britannic está tombado de lado a apenas 107m de profundidade. Tão raso que a proa bateu no fundo antes dele afundar totalmente. Foi descoberto em 1976 pelo oceanógrafo Jacques Cousteau.
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O HMHS Britannic nunca chegou a receber um centavo pelo transporte de passageiro.

sábado, setembro 24, 2005

HISTÓRIAS SECRETA DO OCEANOS

Em 1962, o cinqüentenário do naufrágio é evocado. E esse cinqüentenário é marcado por duas mortes. A primeira foi a de Stanley Lord, com a idade de 84 anos. Afirma-se que as suas últimas palavras foram: “Não pude salvá-los. Não estava lá.” Não podemos confiar muito nas frases atribuídas aos moribundos, só os mortos as poderiam confirmar. Mas é possível. A segunda morte é a que ocorreu em Oslo, de um comandante norueguês de nome Henrik Naess.
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Henrik Naess navegava desde os 15 anos. Aos 33 anos comandava um navio especialmente equipado para a pesca da foca, o Samson, que todos os anos deixava Alesund para uma campanha a norte do Canadá. Na Primavera de 1912 volta à Europa com um carregamento de peles de foca. Depois de ter passado ao largo do Labrador, Terra Nova, ruma a leste-nordeste, e na noite de 14 para 15 de abril, tem de parar por causa dos icebergues. Então pela uma da manhã, vê de repente como que duas grandes estrelas a sul-sudoeste. Admira-se, uma vez que o céu está coberto. Intrigado, ordena a um marinheiro que suba ao cesto da gávea. O marinheiro observa durante muito tempo as supostas estrelas e volta a descer. Não são estrelas, diz, mas luzes, uma multidão de luzes. Naess, com os binóculos, perscruta a noite. Distingue agora foguetes, vários foguetes. Dá então bruscamente ordem para se porem em marcha. Em direção ao lugar de onde partem os foguetes? Não, em direção a leste. Vejamos por que. «Pensamos», confessará Naess, que nos encontrávamos em águas territoriais americanas e que esses foguetes significavam que tínhamos sido vistos por guardas-costeiros americanos. Se fôssemos apanhados, era a nossa pesca que se nos escapava das mãos por um puro disparate. Como o Samson não tem equipamento de rádio, Naess ignora que o Titanic naufragou. Faz escala na Islândia e aí toma conhecimento da catástrofe. A data da mesma perturba. Foi precisamente na noite de 14 para 15 de Abril que fugiu diante dos foguetes dos guardas-costeiros. Verifica no diário de bordo a posição do Samson nesse preciso momento. Longitude 50° 15' oeste, Latitude 41° 52' norte. Encontrava-se a poucas milhas do Titanic e esses foguetes eram os dos náufragos!
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Então, Naess assusta-se. É preciso que ninguém saiba o que se passou, que não saiba nunca. Reúne os seus homens e explica-lhes a situação. Não, fiz qualquer ameaça - dirá ainda Naess - Simplesmente pusemo-nos de acordo em guardar segredo. Não tínhamos de que nos gabar, nada que nos tornasse orgulhosos. Uma página se fechava sobre esta história secreta. O navio desconhecido do Titanic era o Samson.
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História Secreta dos Oceanos – Livraria Bertrand – Páginas 167/168/169

sexta-feira, setembro 23, 2005

DESERTOR

A bordo do navio, ninguém se deu conta de que uma das barcaças, quando retornava à costa, transportava um desertor, o foguista John Coffey, de 24 anos; (03/01/1889 – 12/06/1957), mais tarde, levantou-se a suspeita de que ele tramara fazer a viagem gratuitamente, posto que seu contrato de trabalho havia indicado um endereço residencial em Queenstown.
Nesse caso, pode-se considerar que o plano fora mais do que bem-sucedido.

quinta-feira, setembro 22, 2005

A CONQUISTA DA "FAIXA AZUL"

A luta para conquistar a “Faixa Azul” fora travada entre as principais companhias de navegação e os mais famosos navios de todos aqueles que navegavam pela rota atlântica entre a América e a Europa. Em conseqüência do elevado custo, armadores e capitães participavam uma única vez daquela curiosa competição, que compreendia a distância entre os dois pontos: Bishop Rock, na Inglaterra, e Ambrose Ught, em Nova York, ou seja, 2.097 milhas. Documentos comprovam que o desafio começara em 1838 e, em pouco mais de cem anos, a velocidade recorde foi praticamente quadruplicada, permitindo que a travessia fosse feita em pouco mais de três dias.

quarta-feira, setembro 21, 2005

REFEIÇÃO: PRIMEIRA CLASSE - SEGUNDA CLASSE - TERCEIRA CLASSE


As refeições eram anunciadas pelo corneteiro de bordo P. Fletcher, cuja cadência musical vibrante chamava os passageiros para os vários salões de refeições:

532 lugares na primeira classe;

394 lugares na segunda classe, e

473 lugares na terceira classe.

O desjejum era das 8:30 às 10:30; almoço, das 13:00 às 14:30; e jantar, das 18:00 às 19:30. Se a lotação do navio estivesse esgotada, seriam necessárias duas rodadas antes que todos fossem servidos.

terça-feira, setembro 20, 2005

MISTÉRIOS EM VOLTA DO NOME TITANIC

Na noite do dia 14 de Abril de 1912, um dos acontecimentos mais macabros do século XX fez naufragar o orgulho industrial inglês: O Titanic, o maior e mais luxuoso transatlântico do mundo, afundou matando 1.513 pessoas após colidir com um iceberg que flutuava nas águas do Atlântico Norte. As “casualidades” que envolvem a tragédia são impressionantes.
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MISTÉRIO I A falta de lanchas de salvamento suficientes foi o argumento usado pelo novelista inglês Morgan Roberson, no seu livro “Futilidade”, como causa da morte de grande parte dos passageiros do transatlântico “Titan”, que, no romance, batia num iceberg. O navio fazia uma viagem inicial e era, na imaginação do escritor, a maior embarcação jamais construída pelo homem. O livro foi escrito catorze anos antes da partida do Titanic do porto de Southampton. Ele também fazia a sua primeira viagem – e última. O imaginário “Titan” e o verdadeiro Titanic eram aproximadamente do mesmo tamanho, transportavam o mesmo número de passageiros – três mil – e atingiam a mesma velocidade. Ambos se afundaram no mesmo ponto do atlântico Norte pelo mesmo motivo.
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MISTÉRIO II A família Melkis, de Dunstable, Inglaterra, estava a assistir ao filme “Titanic” que a BBC transmitia quando, exatamente na hora do choque do navio com o iceberg, o teto da sua casa foi destroçado por um enorme bloco de gelo caído do céu.
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MISTÉRIO III O jornalista W. T. Stead publicou, em 1892, um conto prevendo o desastre do Titanic. Ele foi uma das 1.513 pessoas que morreram no naufrágio.
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MISTÉRIO IV Numa noite de Abril, em 1935, o tripulante William Reeves, que estava de guarda durante uma viagem no navio Titanian entre Tyne e o Canadá, teve um pressentimento. Quando o Titanian chegou ao lugar onde 23 anos antes o Titanic tinha afundado, Reeves teve uma sensação de perigo insuportável. Sem pensar duas vezes, o marinheiro fez soar o alarme. Depois de alguns segundos, apareceu em frente à proa do navio um enorme iceberg, com o qual o Titanian não chocou por um triz. William Reeves, o tripulante sensitivo, tinha nascido no dia 14 de Abril de 1912 (o mesmo dia do naufrágio do Titanic).

segunda-feira, setembro 19, 2005

NOVO TITANIC


Em duas home page, que eu localizei em 1998, falava-se sobre a construção de um novo Titanic, que irá navegar em 10/04/2002. As home page não estão mais disponíveis. Achei que poderia ser uma especulação na época, pois a home page, cogitava a construção não de um, mais de dois novos Titanic. Um pela RMS Titanic Shipping Holdings of Durban e o outro dois anos depois pela White Star Line Limited of Basel, Suíça. As principais mudanças seriam:

• 2 Hélices de alta Rotação e Performance em vez de 3 Hélices;
• 46 botes + 46 Infláveis em vez de 20 botes e 4 desmontáveis;
• As 4 chaminés permaneceriam somente como ornamentação;
• Casco Soldado em vez de se usar Rebite;
• Compartimento Estanque até o Topo em vez de até o Deck "E";
• Comunicação por Satélite em vez de Telegrafo;
• Geradores à Diesel em vez das 29 Caldeiras;
• Leme maior para facilitar as manobras em vez de pequeno;
• Motor Elétrico em vez de Motores a Vapor e Turbina;
• Navegação feita por GPS e Radar em vez de Coordenadas e cálculos no mapa.

Justamente por não ter mais as caldeiras e enormes motores a vapor, o Novo Titanic provavelmente necessitará de um lastro, de água, para compensar a diferença de peso. Centrais de Tratamento de Esgoto gerado a bordo serão colocadas também onde originalmente eram as caldeiras.
Abaixo da linha d'água estão as principais diferenças:

• O Casco ganhou formas hidrodinâmica, gerando uma economia de 4% de combustível.
• O Leme ficou maior e estabilizadores Horizontais e "Thrusters" foram adicionados.

Em Resumo:
• Casco Hidrodinâmico;
• Central de Tratamento de Resíduos;
• Estabilizadores Horizontais;
• GPS;
• Interior à Prova de Fogo;
• Leme Maior;
• Radares de Navegação e Meteorológicos;
• Thrusters frontais para estabilização e manobras de atracação.

Pena que nunca saiu do papel.............................

domingo, setembro 18, 2005

WALTER LORD - PARTE II

Dando continuidade ao flog de ontem, segue mais trechos do livro “A Night to Remember”, escrito por Walter Lord (1917-2002). Quem ficou interessado no livro, logo abaixo esta o link da Livraria Cultura, caso alguém queira comprar-lo. Infelizmente no Brasil o livro não foi lançado, mas em Portugal sim, pela “Editora Presença”, com o título “A Tragédia do Titanic”.
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... O nº 3 chegou às 6h00. O Casal Speddon subiu a bordo vestido de forma impecável. Logo atrás dele, vinha o dragomano(*) de Henry Sleeper Harper, Hamad Hassah, e o pequinês Sun-Yat-sen. Harper não levou muito tempo a descobrir Ogden no convés, cumprimentando-o com um distanciamento típico: - Louis, como é que consegue manter-se tão jovem? ...
... Bruce Ismay cambaleou pelo convés às 6h30, murmurando "Sou Ismay, sou Ismay". Ficou junto do passadiço, a tremer, encostado a uma antepara. O Dr. McGhee aproximou-se com amabilidade ... (Pág. 136)
(*) Dragomano - Um tradutor das línguas árabe, turca ou persa, empregado como intérprete, especialmente no Próximo Oriente
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... Entretanto, chegou o Olympic. Por que não transferir os passageiros para ele? Rostron achou que era uma solução pavorosa, não conseguia convencer-se a sujeitar aquela gente a mais uma transferência no mar alto. Além disso, o Olympic era o irmão gémeo do Titanic. A própria visão do navio levaria os passageiros a pensar num fantasma odioso. Para não se comprometer, voltou ao camarote do Dr. McGhee, falou de novo com Ismay. O presidente da White Star estremeceu só de pensar nisso ... (Pág. 140)
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... A história completa foi sendo conhecida pouco a pouco, mas alguns dos contos forjados nos primeiros dias nunca mais desaparecerm: a senhora que se recusou a deixar o seu grande dinamarquês para trás, a banda a tocar "Neaver My God to Thee", o capitão Smith e o primeiro oficial Murdoch a suicidarem-se, Mrs. Brown a dirigir o salva-vidas nº 6 de revólver em punho ... Mas as lendas fazem parte dos grandes eventos, e são úteis quando servem para manter vivas as memórias de actos corajosos de auto-sacrifício. As lendas não eram, porém, necessárias na altura. As pessoas sentiram-se esmagadas pela tragédia... (Pág. 146)
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... Mrs. Noël MacFie ( então condessa de Rothes ), por exemplo, conta que, estando a jantar com amigos um ano depois do desastre, sentiu de repente a horrível sensação de frio e o horror profundo que sempre associa com o Titanic. Por momentos, ficou confusa, sem perceber a razão. Apercebeu-se, então, de que a orquestra estava a tocar "Os Contos de Hoffmann", a última peça tocada depois do jantar naquela noite funesta de domingo ... (Pág. 156)

sábado, setembro 17, 2005

WALTER LORD - PARTE I

Hoje vamos falar sobre o livro “A Night to Remember”, escrito por Walter Lord (1917-2002). Neste livro o escritor oferece-nos uma narração “ao vivo”, que resultou do testemunho de sobreviventes, de familiares das vítimas e de pessoas envolvidas nas operações de salvamento. Uma recapitulação dos acontecimentos vividos minuto a minuto, desde a colisão com o iceberg até à recolha dos sobreviventes pelo Carpathia. Aqui no Brasil o livro não foi lançado por nenhuma editora, mas em Portugal sim, pela “Editora Presença”, com o título “A Tragédia do Titanic”. Vou dividir em duas partes este fotolog, segue abaixo trechos retirados do livro:
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... O Major Arthur Godfrey Peuchen, vice-comodoro do Royal Canadian Yacht Club, pendurou-se no cabo da roldana e deixou-se escorregar para dentro do barco. Foi o único passageiro do sexo masculino que Lightoller deixou entrar num salva-vidas. Os homens foram um pouco mais felizes do lado de estibordo. Murdoch continuou a deixá-los seguir, desde que houvesse lugares.... Quando chegou a altura de nº 3 ser descido, Henry Sleeper Harper juntou-se à mulher, mas levou também o cão pequinês, Sun Yat-sen..... (Pág. 64)
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... Ouvia-se porcelanas a partir-se, num ponto qualquer mais abaixo. Jack Thayer viu um homem a cambalear e a segurar uma garrafa cheia de gim Gordon, a levá-la à boca e a esvaziá-la de uma vez. “Mesmo que me veja livre desta encrenca”, disse Thayler para consigo, “nunca mais verei este homem”. ( Na realidade, foi um dos primeiros sobreviventes que encontrou )... (Pág.78)
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...Às 4h30 Stewart acordou o capitão Lord e começou a repetir-lhe a história de Stone.
– Já sei – interrompeu o capitão –, eles mantiveram-me informado.
Vestiu-se e dirigiu-se para a ponte. Começou a discutir a melhor forma de se libertar do campo de gelos e de regressar a Boston. Stewart interrompeu-o para perguntar se não queria contactar um navio que estava à vista, a sul. Lord respondeu:
– Não, penso que não é necessário; de momento, não estão a fazer quaisquer sinais.
Stewart deixou morrer a conversa... Dois minutos mais tarde, Stewart voava pela escada que subia para a ponte, a gritar: “Há um navio afundado!”
Regressou à cabine de TSF, voltou a subir, e deu a notícia arrasadora ao capitão Lord:
– O Titanic foi abalroado por um icebergue e afundou-se! O capitão Lord fez aquilo que se espera de um bom comandante de navios. Deu ordens para o navio se pôr em marcha e rumou para a última posição indicada pelo Titanic. (Pág. 131)

sexta-feira, setembro 16, 2005

PASTOR JOHN HARPER

John Harper nasceu em Houston, Renfrewshire, no dia 29 de maio de 1872.
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Aos dois anos de idade ele caiu num poço e foi ressuscitado a tempo por sua mãe. Em março de 1886, aos quartoze anos se tornou pastor. Aos vinte e seis anos, Harper foi levado a alto mar por uma correnteza e sobreviveu por pouco. Aos trinta e dois anos ele encarou a morte num navio que ia para a Palestina e começou a naufragar no Mediterrâneo.
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Na noite de 14 de abril de 1912, uma noite de heróis, John Harper foi um deles. Para Harper foi excepcionalmente difícil naquela noite gelada de abril. Sua filha viajava com ele. Quatro anos antes, a sua esposa Annie Harper adoeceu e morreu. Harper sabia que Nana, naquela noite, ficaria órfã aos seis anos de idade.
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Harper era pastor na Igreja de Walworth Road em Londres. Devido ao pedido urgente e cordial da Igreja Moody em Chicago, John Harper concordou em ir. Em uma carta escrita, no dia 1º de abril, ele diz: “Vamos zarpar de Liverpool no sábado no navio Lusitania”. Infelismente ele só embarcou uma semana depois. No dia 10 de abril de 1912, o Titanic zarpou de Southampton para Nova York.
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Uma revista comercial, The Shipbuilder, descreveu o Titanic como "praticamente insubmergível". No dia 31 de maio de 1911, um empregado da Companhia de Construção Naval White Star disse: "Nem mesmo o próprio Deus pode afundar esse navio".
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Depois que o Titanic afundou, o escritório da White Star colocou um grande painel de cada lado da entrada principal. Em um deles escreveram com letras grandes: "Identificados como Salvos", e no outro: "Identificados como Desaparecidos". Quando a viagem do Titanic começou havia três classes de passageiros. Mas, quando ela terminou o número foi reduzido a duas — os que foram "salvos" pelos barcos salva-vidas e os que ficaram "perdidos" nas águas profundas, entre eles o Pastor John Harper.

quinta-feira, setembro 15, 2005

VIOLET JESSOP

Mais um espaço, para todos que gostam da história do RMS Titanic e seus irmãos. Espero poder agradar a todos com este flog.
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O nosso primeiro fotolog será sobre uma grande mulher “Violet Jessop”. Nascida no dia 2 de outubro de 1887, Violet foi a única pessoa que se têm notícia que esteve presente na colisão, em setembro de 1911, do HMS Hawke com o RMS Olympic; do afundamento do RMS Titanic na primavera de 1912; e, finalmente, do afundamento do HMHS Britannic em novembro de 1916, que bateu em uma mina marítima no mar Egeu durante a Primeira Guerra Mundial. Depois de quatro anos, Violet voltou a bordo do Olympic em junho de 1920. Violet começou sua vida marítima na companhia Royal Mail em 28/10/1908 no navio Orinoco com destino ao Caribe. Permaneceu nesta companhia até 16/05/1910, depois passou pelas seguintes companhias:
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- White Star (28/09/1910 – 21/12/1913),
- P&O (28/02/1913 – 14/06/1913),
- White Star (23/07/1913 – 24/10/1925),
- Red Star (24/05/1926 – 14/09/1934),
- Royal Mail (15/07/1935 – 21/12/1950).
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Depois de 42 anos de vida no mar, interrompidos por duas guerras mundiais e dois naufrágios finalmente, Violet Jessop já com 63 anos de idade se aposenta em 1950. Violet Jessop morreu de insuficiência cardíaca congestiva em maio de 1971, foi enterrada na Inglaterra no cemitério de Hartest.
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Maiores informações sobre a vida de Violet Jessop, encontra-se no livro: Titanic Survivor da editora Sheridan House Inc.